Autor: Daniel Taylor Zumo Responsável pela Política
Tradução: Shaw Golden Finance
Ao entrar casualmente em uma reunião comum de consultoria sobre regulamentação de criptomoedas, você rapidamente perceberá um padrão óbvio: um grupo de advogados de finanças tradicionais (TradFi) e ex-profissionais de serviços financeiros respondendo a documentos elaborados por órgãos reguladores de serviços financeiros, estabelecendo regras para a realização de atividades com ativos criptográficos no futuro.
Isto reflete o mundo quase paralelo que vemos no campo das criptomoedas. Por um lado, há os integradores, assimiladores e "adotantes mainstream". Por outro lado, a vanguarda tecnológica está quase completamente isolada.
Os especialistas em tecnologia de criptografia podem achar que isso não tem nada a ver com eles, considerando que a regulamentação e a conformidade não são áreas que mereçam a sua atenção.
E essa posição ameaça diretamente os usuários de criptomoedas de hoje.
A desconexão entre criptomoedas e finanças tradicionais (TradFi)
Em maio de 2025, a Coinbase sofreu uma violação de dados, expondo os dados pessoais dos clientes coletados durante o processo KYC, conforme exigido pela regulamentação. A empresa alocou entre 180 milhões e 400 milhões de dólares para compensar os clientes que sofreram fraudes em ataques subsequentes.
O mundo das criptomoedas respondeu a isso, apontando um fato que muitas pessoas no campo das criptomoedas já conhecem: soluções tecnológicas podem reduzir a coleta massiva de dados.
Isto pode ser alcançado através do uso de identidade digital descentralizada e tecnologia de criptografia de conhecimento zero, provando sem expor dados sensíveis. Se as empresas não tiverem acesso aos dados dos clientes, não poderão vazá-los.
Tecnologias que precisam urgentemente de melhorar a privacidade
Isto não é apenas uma pequena preocupação insignificante - está apenas relacionado com as exchanges centralizadas que atualmente dominam o campo dos utilizadores de criptomoedas e com os novos intermediários de criptomoedas.
Quer queiramos ou não, as exchanges de criptomoedas continuam a ser a porta de entrada e saída central para todo o ecossistema de criptomoedas (não custodial). A KYC não é o único requisito intensivo em dados que as exchanges de criptomoedas precisam cumprir.
Outras exigências regulatórias no Reino Unido, sejam elas atuais (regras de viagem) ou futuras (estrutura de relatório de ativos criptográficos), apontam para uma tendência: os dados de transação dos usuários, bem como a identidade real e o endereço, serão claramente rotulados e agrupados, sob a tutela de dados de empresas e autoridades públicas, que historicamente têm sido ineficazes, ou até mesmo podem ser consideradas totalmente exploradoras.
Os usuários de criptomoedas enfrentam perigos
Com o aumento dos casos de ataques violentos a detentores de criptomoedas na França e em outros países, isso deve nos servir de alerta e despertar nosso senso coletivo de urgência.
A incapacidade de construir tecnologias que aumentem a privacidade em instituições de intermediação de criptomoedas e em toda a aplicação resultará numa catástrofe cripto (sem mencionar a catástrofe social). E quanto à forma de aplicar tecnologias nativas de criptografia para alcançar o mesmo efeito, ignoramos completamente.
Para mudar a situação, é necessário expressar esta ideia em diálogos de regulamentação importantes e fornecer soluções tecnológicas que atendam a esta necessidade evidente. Os consumidores de criptomoedas devem ter acesso a soluções digitais que, por padrão, oferecem mais segurança e privacidade pessoal.
Como os profissionais de tecnologia de criptomoedas lideram
A boa notícia é que a indústria de criptomoedas tem um histórico comprovado de introdução de inovações regulatórias tecnológicas. O sistema de Prova de Reservas tornou-se uma forma comum de fazer reclamações contra plataformas e ativos. O conceito de pool de privacidade explora a manutenção da privacidade on-chain enquanto adere aos requisitos de conformidade. Além disso, estão a surgir várias soluções que visam descarregar totalmente funções jurídicas críticas em cadeia. Precisamos de mais defensores da tecnologia e advogados de tecnologia que possam alinhar a inovação tecnológica com as necessidades do ambiente regulatório.
E se não fizermos isso? De acordo com a trajetória de desenvolvimento atual, a regulamentação que está quase sendo finalizada é quase totalmente baseada em sistemas legados e regras estabelecidas, certamente não levando em consideração nenhum desses fatores.
Se a indústria de criptomoedas deseja um futuro diferente, deve garantir que o diálogo sobre políticas não ocorra apenas entre os ocupantes de cargos, advogados de finanças tradicionais e litigantes, mas que considere uma perspectiva mais ampla.
Fusão do velho mundo com o novo mundo
As estruturas regulatórias de criptomoedas correm o risco de serem legisladas por aqueles que usam o Velho Mundo como seu horizonte de referência padrão e carecem de previsão. Devemos agir rapidamente para sermos mais representativos das perspetivas nativas de tecnologia e criptomoedas no desenvolvimento de regulamentações. Caso contrário, podemos nos ver atolados por regras que não inovam e se adaptam às propriedades e ao potencial únicos do espaço de criptoativos.
Isso significa que não podemos mais fechar os olhos para a realidade regulatória, mas devemos nos levantar e moldar o futuro da regulamentação. Isso significa que mais especialistas em tecnologia devem se juntar ao diálogo regulatório, defendendo tecnologias que aumentam a privacidade e soluções nativas de criptografia.
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Opinião: A elaboração de regulamentação sobre ativos de criptografia necessita de mais participação de técnicos.
Fonte: Cointelegraph
Autor: Daniel Taylor Zumo Responsável pela Política
Tradução: Shaw Golden Finance
Ao entrar casualmente em uma reunião comum de consultoria sobre regulamentação de criptomoedas, você rapidamente perceberá um padrão óbvio: um grupo de advogados de finanças tradicionais (TradFi) e ex-profissionais de serviços financeiros respondendo a documentos elaborados por órgãos reguladores de serviços financeiros, estabelecendo regras para a realização de atividades com ativos criptográficos no futuro.
Isto reflete o mundo quase paralelo que vemos no campo das criptomoedas. Por um lado, há os integradores, assimiladores e "adotantes mainstream". Por outro lado, a vanguarda tecnológica está quase completamente isolada.
Os especialistas em tecnologia de criptografia podem achar que isso não tem nada a ver com eles, considerando que a regulamentação e a conformidade não são áreas que mereçam a sua atenção.
E essa posição ameaça diretamente os usuários de criptomoedas de hoje.
A desconexão entre criptomoedas e finanças tradicionais (TradFi)
Em maio de 2025, a Coinbase sofreu uma violação de dados, expondo os dados pessoais dos clientes coletados durante o processo KYC, conforme exigido pela regulamentação. A empresa alocou entre 180 milhões e 400 milhões de dólares para compensar os clientes que sofreram fraudes em ataques subsequentes.
O mundo das criptomoedas respondeu a isso, apontando um fato que muitas pessoas no campo das criptomoedas já conhecem: soluções tecnológicas podem reduzir a coleta massiva de dados.
Isto pode ser alcançado através do uso de identidade digital descentralizada e tecnologia de criptografia de conhecimento zero, provando sem expor dados sensíveis. Se as empresas não tiverem acesso aos dados dos clientes, não poderão vazá-los.
Tecnologias que precisam urgentemente de melhorar a privacidade
Isto não é apenas uma pequena preocupação insignificante - está apenas relacionado com as exchanges centralizadas que atualmente dominam o campo dos utilizadores de criptomoedas e com os novos intermediários de criptomoedas.
Quer queiramos ou não, as exchanges de criptomoedas continuam a ser a porta de entrada e saída central para todo o ecossistema de criptomoedas (não custodial). A KYC não é o único requisito intensivo em dados que as exchanges de criptomoedas precisam cumprir.
Outras exigências regulatórias no Reino Unido, sejam elas atuais (regras de viagem) ou futuras (estrutura de relatório de ativos criptográficos), apontam para uma tendência: os dados de transação dos usuários, bem como a identidade real e o endereço, serão claramente rotulados e agrupados, sob a tutela de dados de empresas e autoridades públicas, que historicamente têm sido ineficazes, ou até mesmo podem ser consideradas totalmente exploradoras.
Os usuários de criptomoedas enfrentam perigos
Com o aumento dos casos de ataques violentos a detentores de criptomoedas na França e em outros países, isso deve nos servir de alerta e despertar nosso senso coletivo de urgência.
A incapacidade de construir tecnologias que aumentem a privacidade em instituições de intermediação de criptomoedas e em toda a aplicação resultará numa catástrofe cripto (sem mencionar a catástrofe social). E quanto à forma de aplicar tecnologias nativas de criptografia para alcançar o mesmo efeito, ignoramos completamente.
Para mudar a situação, é necessário expressar esta ideia em diálogos de regulamentação importantes e fornecer soluções tecnológicas que atendam a esta necessidade evidente. Os consumidores de criptomoedas devem ter acesso a soluções digitais que, por padrão, oferecem mais segurança e privacidade pessoal.
Como os profissionais de tecnologia de criptomoedas lideram
A boa notícia é que a indústria de criptomoedas tem um histórico comprovado de introdução de inovações regulatórias tecnológicas. O sistema de Prova de Reservas tornou-se uma forma comum de fazer reclamações contra plataformas e ativos. O conceito de pool de privacidade explora a manutenção da privacidade on-chain enquanto adere aos requisitos de conformidade. Além disso, estão a surgir várias soluções que visam descarregar totalmente funções jurídicas críticas em cadeia. Precisamos de mais defensores da tecnologia e advogados de tecnologia que possam alinhar a inovação tecnológica com as necessidades do ambiente regulatório.
E se não fizermos isso? De acordo com a trajetória de desenvolvimento atual, a regulamentação que está quase sendo finalizada é quase totalmente baseada em sistemas legados e regras estabelecidas, certamente não levando em consideração nenhum desses fatores.
Se a indústria de criptomoedas deseja um futuro diferente, deve garantir que o diálogo sobre políticas não ocorra apenas entre os ocupantes de cargos, advogados de finanças tradicionais e litigantes, mas que considere uma perspectiva mais ampla.
Fusão do velho mundo com o novo mundo
As estruturas regulatórias de criptomoedas correm o risco de serem legisladas por aqueles que usam o Velho Mundo como seu horizonte de referência padrão e carecem de previsão. Devemos agir rapidamente para sermos mais representativos das perspetivas nativas de tecnologia e criptomoedas no desenvolvimento de regulamentações. Caso contrário, podemos nos ver atolados por regras que não inovam e se adaptam às propriedades e ao potencial únicos do espaço de criptoativos.
Isso significa que não podemos mais fechar os olhos para a realidade regulatória, mas devemos nos levantar e moldar o futuro da regulamentação. Isso significa que mais especialistas em tecnologia devem se juntar ao diálogo regulatório, defendendo tecnologias que aumentam a privacidade e soluções nativas de criptografia.