# Especialista: o ataque Qubic ao Monero não causou danos à rede
O pool de mineração Qubic organizou um ataque à rede Monero, que na verdade se revelou mais uma campanha de relações públicas do que uma ameaça real. Foi o que afirmou ao ForkLog o cofundador e CIO da empresa Hyperfusion, Alex Petrov.
Qubic aumentou significativamente sua notoriedade e o valor do token, enquanto a rede Monero não sofreu perdas significativas, observou o especialista.
Segundo ele, o principal objetivo do ataque era chamar a atenção para ambos os projetos. A Qubic lançou um pool para mineração dupla, onde os usuários podiam minerar simultaneamente Monero (XMR) e o token nativo QUBIC. Isso permitiu aumentar rapidamente a taxa de hash e promover o pool devido à rentabilidade adicional de XMR.
A estratégia de marketing funcionou. Em um mês, o preço do QUBIC aumentou 80%, e o número de menções ao projeto na rede aumentou mais de nove vezes.
«O efeito e os títulos criaram tudo o que era necessário: o preço subiu, o interesse aumentou, atraímos novos usuários, o volume econômico cresceu», observou Petrov.
Blefe e "mineração egoísta"
Os representantes da Qubic afirmaram que controlam mais de 50% da taxa de hash da rede Monero, o que teoricamente permite realizar um ataque de 51%. No entanto, a análise de dados e mensagens na comunidade mostraram que isso era uma exageração.
Na verdade, a participação da Qubic na rede variava de 30% a 40%. Para criar a aparência de controle, o pool usou a tática de "mineração egoísta" - escondendo os blocos encontrados do restante da rede, obtendo vantagem na busca pelo próximo bloco. Como resultado, serviços estatísticos externos registraram dados distorcidos, superestimando a participação do pool.
Além disso, a Qubic intencionalmente ocultou seus verdadeiros indicadores, aparecendo nas estatísticas como um pool "desconhecido".
«Qubic está a mentir, usando táticas manipulativas. Eles estão a tentar convencer os mineradores a mudar para o seu pool, usando ameaças vazias. Enquanto nós, como comunidade, não cairmos nesta armadilha, a Qubic perderá», é mencionado em um popular post noReddit*, dedicado à situação.*
Consequências para as redes
O ataque praticamente não afetou o funcionamento do Monero. As transações ocorreram normalmente, sem atrasos ou censura. Os usuários não perderam fundos.
A única consequência negativa foi a queda temporária do preço do XMR em 10%, que foi compensada pelo aumento do interesse de pesquisa pela moeda em 2-3 vezes.
Para o próprio pool Qubic e seus mineradores, o ataque se mostrou custoso. Segundo a estimativa de Petrov, eles perderam 40-60% de suas capacidades devido aos blocos "órfãos" — trabalhos pelos quais não receberam recompensa.
O especialista destacou que realizar um ataque bem-sucedido e destrutivo à rede Monero é significativamente mais difícil do que pode parecer.
«51% — a percentagem teórica no papel. Para bloquear blocos, é necessário pelo menos 75-80% da taxa de hash, e para censurar transações — mais de 90%. O ataque de gasto duplo é ainda mais complicado: além de uma enorme taxa de hash, o atacante precisa de recursos significativos em XMR e de uma vítima que possa ser enganada. Isso já está além do limite do crime e tecnicamente é dezenas de vezes mais difícil», — explicou o cofundador da Hyperfusion.
Ele também acrescentou que essa situação revelou novamente um antigo problema do Monero — a alta concentração de hash rate em dois ou três grandes pools. A redistribuição de poder de mineração no P2Pool ou em pools menores poderia aumentar a resiliência da rede.
Recordamos que, em julho, a plataforma Qubic, liderada pelo cofundador da IOTA, Sergey Ivancheglo, anunciou planos para capturar 51% do hashrate do Monero no período de 2 a 31 de agosto.
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Especialista: o ataque Qubic à Monero não causou danos à rede
O pool de mineração Qubic organizou um ataque à rede Monero, que na verdade se revelou mais uma campanha de relações públicas do que uma ameaça real. Foi o que afirmou ao ForkLog o cofundador e CIO da empresa Hyperfusion, Alex Petrov.
Qubic aumentou significativamente sua notoriedade e o valor do token, enquanto a rede Monero não sofreu perdas significativas, observou o especialista.
Segundo ele, o principal objetivo do ataque era chamar a atenção para ambos os projetos. A Qubic lançou um pool para mineração dupla, onde os usuários podiam minerar simultaneamente Monero (XMR) e o token nativo QUBIC. Isso permitiu aumentar rapidamente a taxa de hash e promover o pool devido à rentabilidade adicional de XMR.
A estratégia de marketing funcionou. Em um mês, o preço do QUBIC aumentou 80%, e o número de menções ao projeto na rede aumentou mais de nove vezes.
Blefe e "mineração egoísta"
Os representantes da Qubic afirmaram que controlam mais de 50% da taxa de hash da rede Monero, o que teoricamente permite realizar um ataque de 51%. No entanto, a análise de dados e mensagens na comunidade mostraram que isso era uma exageração.
Na verdade, a participação da Qubic na rede variava de 30% a 40%. Para criar a aparência de controle, o pool usou a tática de "mineração egoísta" - escondendo os blocos encontrados do restante da rede, obtendo vantagem na busca pelo próximo bloco. Como resultado, serviços estatísticos externos registraram dados distorcidos, superestimando a participação do pool.
Além disso, a Qubic intencionalmente ocultou seus verdadeiros indicadores, aparecendo nas estatísticas como um pool "desconhecido".
Consequências para as redes
O ataque praticamente não afetou o funcionamento do Monero. As transações ocorreram normalmente, sem atrasos ou censura. Os usuários não perderam fundos.
A única consequência negativa foi a queda temporária do preço do XMR em 10%, que foi compensada pelo aumento do interesse de pesquisa pela moeda em 2-3 vezes.
Para o próprio pool Qubic e seus mineradores, o ataque se mostrou custoso. Segundo a estimativa de Petrov, eles perderam 40-60% de suas capacidades devido aos blocos "órfãos" — trabalhos pelos quais não receberam recompensa.
O especialista destacou que realizar um ataque bem-sucedido e destrutivo à rede Monero é significativamente mais difícil do que pode parecer.
Ele também acrescentou que essa situação revelou novamente um antigo problema do Monero — a alta concentração de hash rate em dois ou três grandes pools. A redistribuição de poder de mineração no P2Pool ou em pools menores poderia aumentar a resiliência da rede.
Recordamos que, em julho, a plataforma Qubic, liderada pelo cofundador da IOTA, Sergey Ivancheglo, anunciou planos para capturar 51% do hashrate do Monero no período de 2 a 31 de agosto.